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Wanderley dos Santos
Filho de Benedito Cruz dos Santos e de Lydia de Almeida Santos, Wanderley dos Santos nasceu no dia 19 de fevereiro de 1951. Aos 15 anos, iniciou pesquisas com foco na história dos bairros e vilas paulistanas, e, em 1972, decidiu se dedicar à região do Grande ABC. Escrito em 1973, História de Ribeirão Pires foi o primeiro trabalho publicado do autor, então com 22 anos. A publicação, em março de 1974, ajudou a impulsionar sua carreira e, naquele mesmo ano, tornou-se chefe do Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de São Paulo, além de publicar o livro Mauá – Ano 20, pela editora Combrig. Um ano depois, entregou à prefeitura de Diadema monografia intitulada História do Município de Diadema, que seria publicada postumamente em dezembro de 2000. Em 1976, continuou suas pesquisas sobre a região e escreveu a história de Rio Grande da Serra, estudo que é tido, até o momento, como perdido.
Em 1980, foi premiado pela prefeitura de São Paulo por sua pesquisa sobre a história da Lapa. Um ano depois, foi eleito sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e do Instituto Genealógico Brasileiro. Já em 1985, representou a Arquidiocese de São Paulo no Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de São Bernardo e no ano de 1987, foi eleito integrante do Instituto Histórico e Genealógico de Minas Gerais. Dois anos depois, elegeu-se como integrante do Colégio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro e fundou o Arquivo Histórico Municipal Capitão Hipólito Antônio Pinheiro, na cidade de Franca. Em 1990, foi escolhido presidente da ARPAM (Associação Regional de Pesquisa e Preservação de Acervo Municipal) também em Franca, reelegendo-se em 1992 para mais dois anos de mandato.
Em plena maturidade intelectual, passou a produzir trabalhos de qualidade cada vez mais notável sobre o ABC e outras regiões, até chegar em sua obra maior, Antecedentes Históricos do ABC Paulista: 1550-1892, lançada em novembro de 1992 com o patrocínio do Departamento de Cultura de São Bernardo do Campo.
Poucos anos depois, passou a enfrentar problemas de saúde até que em 16 de janeiro de 1996, aos 44 anos, veio a falecer. Autor dedicado, deixou uma obra respeitável, sendo considerado um dos mais importantes historiadores do Estado de São Paulo.
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