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Category: Filosofia, Artes e Humanidades
Pages: 345
Price: R$ 72,00
ISBN: 978-85-68576-47-2
Year: 2016
Note: Dimensões: ‎ 14 x 21 cm

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Review

Este livro aborda o caso do isolamento compulsório de dolorosa repercussão social com doentes de hanseníase em São Paulo, quando a imprensa deveria ter abordado o lado fragilizado dos pacientes e não apenas o lado repressivo das autoridades sanitárias. A dissertação de mestrado de Guilherme Gorgulho, aprovada pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp, deixa a academia para alcançar jornalistas, estudantes de jornalismo e o grande público. Ela nos revela como a informação pode ser manipulada, até na área da ciência. O autor mostra a omissão dos jornais paulistas sobre o isolamento compulsório dos portadores de hanseníase, efetuado pelas autoridades sanitárias de 1933 a 1967 no Estado de São Paulo. Em 1912, o sanitarista paulista Emílio Ribas sugeriu o “isolamento humanitário em hospitais-colônia” desses doentes, que foi posto em prática em 1920. Nos anos 30 esse modelo isolacionista estava consolidado e passou a ser usado de forma coercitiva. A separação de familiares e o isolamento compulsório dos pacientes geraram condições para protestos e revoltas, em 1945 e 1946. Esses eventos foram omitidos pelos jornais. Gorgulho explica que nessa omissão da imprensa local estava o interesse estatal em evitar que o Estado de São Paulo ficasse conhecido como região de “leprosos”. O jornalista científico, além de tornar acessível para muitos o conhecimento de poucos, deve adotar postura crítica, principalmente em benefício da credibilidade da informação. Na década de 30, o isolamento compulsório já estava ultrapassado. Atualmente, a hanseníase tem cura e o isolamento dos pacientes é contraindicado.

 

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