Category: Filosofia, Artes e Humanidades
Pages: 298
Price: R$ 48,00
ISBN: 9786599437380
Year: 2021
Note: Dimensões: ‎14 x 21 cm

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Review

O livro se volta a um problema ligado à filosofia política de Hegel. Em resumo, o problema pode ser definido a partir da seguinte questão: “Como Hegel pensou o capitalismo?”. A questão, em termos mais estritos, diz respeito ao modo como Hegel pensa a economia de mercado Basicamente no livro mostra-se como ele apontou que a sociedade burguesa, devido a sua dinâmica interna e bom funcionamento, produz pobreza e como essa pobreza produz uma classe que dela se deriva, a plebe. Dessa maneira, Hegel elenca algumas soluções passíveis de corrigir esse problema (como a exportação de bens que passam a sobrar no interior de uma determinada nação e também a colonização). Mostra-se, contra vários intérpretes, que Hegel não pode ser visto como um “filósofo colonialista”, que ele próprio reconhece a legitimidade do direito de libertação dos povos. Até aí o grande problema é que a questão parece não se resolver no pensamento de Hegel (opinião de alguns comentadores, bastante razoável inclusive).Essa mais ou menos a “problematização”. Nos capítulos seguintes lança-se mão de outros textos de texto (desde o conhecido A Filosofia da História até artigos menos conhecidos). Mostra-se como o problema se aprofunda, pois Hegel vincula a plebe à Revolução Francesa. A essa altura, digamos, que busca-se apenas mostrar a complexidade da questão no interior do pensamento de Hegel. Nos capítulos seguintes são feitas duas incursões: i) como a plebe foi pensada ao longo do pensamento do Hegel, de forma mais sistemática; ii) debate-se com os comentadores, mostrando suas virtudes e limitações. No penúltimo capítulo o autor expõe sua resposta ao problema da pobreza e da plebe, mostrando como é possível harmonizar as várias observações de Hegel numa espécie de todo coerente, sem abrir mão da unidade de sua obra. Por fim, no último capítulo realiza-se algumas aproximações de Hegel com outros teóricos que me parecem que podem se aproximar de sua perspectiva teórica, como Wolfgang Streeck, John Maynard Keynes e Geoff Mann. Tenta-se mostrar, por fim, a relevância de Hegel para pensar o capitalismo contemporâneo de uma perspectiva reformista.

 

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